Currículo

  • Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)
  • Coordenador da Pós-graduação de Ortodontia da FMUC
  • Regente de ortodontia do Mestrado Integrado de Medicina Dentária da FMUC
  • Coordenador da UPC3 (Ortodontia/Odontopediatria) do Mestrado Integrado de Medicina Dentária da FMUC
  • Membro da Comissão Científica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial
  • Membro do Conselho Geral da OMD
  • Membro da direção do colégio de ortodontia da OMD
  • Membro do Conselho Científico da OMD

Resumo

As deformidades dento-faciais afetam cerca de 20% da população mundial.

Destas, a deficiência mandibular por posição ou por dimensão é das que frequentemente requerem tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortognático (TOCO), apresentando uma prevalência de 41% a 56%, em algumas sociedades ocidentais.A deficiência mandibular pode resultar de um distúrbio da embriogénese ou de uma causa adquirida pós-natal e pode aparecer isolada ou associada a síndromes malformativos congénitos.Apesar de não existir uma relação direta entre a disfunção da ATM e deformidades dento-faciais, uma vez que a etiologia da disfunção temporomandibular (DTM) é multifactorial, é essencial que durante a cirurgia ortognática seja mantida a posição condilar, evitando sobrecargas sobre a ATM. Este facto torna-se particularmente relevante nas más oclusões severas associadas a discrepâncias esqueléticas de classe II, que apresentam uma maior prevalência de DTM quando comparadas com outros tipos de deformidades.

A análise oclusal e a obtenção de um equilíbrio oclusal e miofuncional prévio é uma componente importante do tratamento TOCO, considerando contudo que o aparecimento ou a agravamento da sintomatologia da ATM após cirurgia ortognática podem não ser o resultantes da correção da má oclusão, mas o produto dos efeitos da cirurgia nos músculos da mastigação ou diretamente sobre a ATM. Sustentada na atual evidência científica e clínica, esta apresentação irá abordar a influência do TOCO na ATM bem como as melhores práticas clinicas e/ou alternativas de tratamento que poderão ser adoptadas para contornar o aparecimento da DTM.